sábado, 18 de maio de 2013

GBSSM*: SLING, we love it!

Olá, people!
Dando seguimento a proposta do post Voltei!!!, hoje vou iniciar o tópico *Guia Básico de Sobrevivência na Selva Materna. E para essa estreia, não poderia deixar de escrever sobre a melhor descoberta que fiz durante minha gestação: o SLING!  

Alguns leitores vão perguntar: Ãhnnnn? O que é isso?

SLING é um carregador de bebês! É feito de pano, não-estruturado e ergonômico.
Antes de iniciar, acho importante ressaltar que não sou uma exímia conhecedora de slings e também não os comercializo (mas indico fornecedores conhecidos ao longo do texto). O que pretendo com esse post, é contar um pouco da nossa experiência, aprendizado e adaptações a essa prática, pela qual nos apaixonamos e recomendamos!

Nem me lembro ao certo como fiquei sabendo de sua existência ( aí o problema de escrever muito tempo depois de ocorrido o evento), só recordo de que num belo dia me falaram de uma oficina de sling na Unimed em Maringá (Semana de Incentivo ao Uso do Sling em 2011). E eu fui lá conferir qual era a desse jeito "meio de índio" de carregar bebê (hehehe), mesmo porque já imaginava que trazer o bebê assim tão coladinho ao corpo da mãe só poderia trazer benefícios para o vínculo mãe-bebê e seu desenvolvimento. 
Então eu cheguei lá na Unimed toda barrigudeeeenha e me encantei com o que vi e ouvi. A doula Marília Mercer, da Slinguru, contou tudinho sobre babywearing, aspectos de segurança do produto (como não adquirir slings com argola que possua emenda, por exemplo), os benefícios, as formas de uso, etc. 

Nem preciso dizer que Ameiiii, mal podia espera para carregar minha fofinha assim!
Quando a Maria Julia nasceu eu tinha apenas um sling. Era um modelo de argolas todo furadinho, específico para piscina/mar. Eu aproveitei para slingar a fofinha nele mesmo (até que chegassem meus slings recém adquiridos pela internet - Slinguru). No início foi estranho, ficava insegura sobre o conforto e segurança da bebéia, não rolou. Mas serviu para muitas fotos!
Maria Julia slingadinha com aproximadamente 1 mês de vida.


Será que está gostando?
No final do primeiro mês de vida os novos slings (argola e wrap) chegaram e a brincadeira começou. No início é assim, a gente testa, retesta, (re)retesta, até se adaptar a uma posição ou a um tipo de sling. Não cheguei a usar boneca no treino, mas sei que muita gente recomenda. Eu, machuda que sou, tratei logo de incluir a bebezoca na coisa. 

Particularmente, não acredito que exista um tipo melhor de sling dentre as opções disponíveis, mas sim um modelo de sling que atende melhor às necessidades de cada mamãe e bebê (e papai!) nas diferentes fases de desenvolvimento da criança. 


                            Nós e o SLING DE ARGOLA!                                                 


Confesso que demorei a me adaptar ao sling de argola. Talvez tenha sido pela má impressão gerada pelo splash (do tecido furadinho). Sua argola de plástico não me passava segurança, parecia que escorregava no contato com aquele tipo de tecido (não era algodão). Contudo, mesmo tendo comprado um modelo mais confiável e elaborado, ainda não me ajeitava com ele. Hoje, percebo que era insegurança decorrente da falta de prática. 

O sling de argola permite algumas posições como: peito a peito (vertical), deitado (para amamentação), de lado (para um bebê maior), nas costas (para um bebê maior), de frente (de costas para quem carrega e frente para o mundo). Nos primeiros 2 meses da nenê, me sentia melhor com a posição peito a peito, onde ela ficava de barriga comigo e suas perninhas ficavam em forma de sapinho dentro do sling. Algumas vezes utilizávamos com ela de frente para o mundo, posição que gostava (não adoraaaava), mas por pouco tempo, uns 20 minutinhos talvez, enquanto passeava pelo condomínio, rua, shopping, etc. Usamos com certa regularidade até os 2/3 meses, mas ainda não era o nosso sling!  Então o deixei meio de lado por um tempo, quando passei  a ter maior domínio do wrap e a utilizá-lo com maior frequência. 

Aos 3 meses, após um passeio com o papai...adormeceu!
  
Evidente que registramos a aprovação do papai!

Conforme a Maju foi crescendo, os interesses pelo mundo que a cercava foram se intensificando e por volta dos 6/7 meses tiramos o sling de argola do fundo do baú. Não sei nem explicar como aconteceu, de repente me percebi expert no modelo e não podia mais viver sem ele (hehehe)! Acredito que foi a incrível praticidade e facilidade para colocá-lo que me seduziu outra vez e me fez dar uma folga para o wrap, modelo que vinha utilizando até então. Nossa posição preferida a partir desse momento foi a de lado, que permitia uma boa visão do ambiente para a gatinha.

Recomendo esse modelo para ocasiões nas quais não vamos precisar andar muito, já que o peso se concentra em apenas um dos ombros (não nos dois como o wrap), então a sensação de cansaço chega primeiro (importante não deixar a faixa que passa sobre as costas embolada). Mas neeeeem se comprara a carregar criança nos braços! 

Com 9 meses em uma festa beneficente (dormindo gostoso!)

Slingando aos 9 meses. (Ounnnt!)


Slingada de ladinho com 1 ano e 2 meses, na cia do amiguinho Enrico e tia Angelis. Aqui já meio "descaído" porque corremos o shopping inteiro para não atrasar no cinema (rs).




                                                   WRAP SLING, uma paixão!                                             


A primeira vez que usei, ou melhor, tentei usar o wrap, achei que tinha jogado dinheiro fora. Era muito pano para enrolar, difícil de colocar o bebê (falta de prática) e eu não acreditava que seria capaz de desenvolver qualquer habilidade para aquilo. Mesmo assim a sensação de tê-la calminha, aconchegada a mim era sensacional (como ter a barrigona de volta! rs), então valia os esforços. Aplicada como sou, em menos de uma semana já havia me tornado uma ninja do wrap (hahaha). Podia até começar a amarração com a Maria Julia já no colo (level master), acreditem! Mas ainda era uma panaiada sem fim, que sempre tinha as bordas arrastadas no chão quando ia amarrar. Algumas vezes cheguei a amarrar antes de sair de casa (muito prático, chega no local e já coloca o bebê), mas me incomodava na hora de dirigir e desisti.


Com 1 mês: test drive do wrap, achei confortável, mas desajeitado para amarrar, não sabia o que fazer direito com tanto pano! (detalhe das perninhas em posição de sapinho dentro do tecido). O corpinho do bebê fica em contato direto com o da mãe neste modelo.

Com 2 meses de vida, testamos a posição deitada (ótima para amamentar hehehe) no papai também!



  Após as vacinas do segundo mês de vida... teve dor na perninha e só acalmava no sling (detalhe para a sustentação da cabecinha, o que dá total liberdade para as mãos de quem carrega)


Depois que peguei o jeitão, apaixonei! Era muitoooo confortável! O peso fica distribuído entre os dois ombros e as costas, o que permite passeios mais longos. Sem contar que é muito fácil colocar e tirar o baby depois que pega prática. Maria Julia vivia slingadinha no wrap e usávamos o de argola pouquíssimas vezes nesse período. 


                                                          Com 3 meses de vida: nosso primeiro Cinematerna!


Esse modelo permite vários tipos de amarrações e posições: peito a peito, deitado, de lado, nas costas...super versátil! Quando o pescocinho da nenê ficou bem firmezinho, fizemos algumas tentativas de colocá-la de frente para o mundo no wrap, mas não nos adaptamos.


Aos 5 meses: passeio no shopping com nosso sling de onça baphônico!

                                                    Vejam só a Melina carregando o Migs nas costas, que fofo!


Encontro das mães "slingueiras": Patrícia (que também vende slings em Maringá) com a Bia no sling de argola e Bruna com o Pedro no wrap. 


Ah,  vocês se lembram daquele primeiro sling todo furadinho? Aquele que eu falei mal lá no início? Pois é, resgatei ele quando fomos para a praia em fevereiro desse ano e a Maria Julia pôde experimentar seu primeiro banho de mar grudadinha na mamãe. Foi sensacional! Descobri o que me incomodava no modelo: de fato, como o tecido não é algodão, o contato com a argola de plástico não é muito firme e, devido ao peso, o bebê vai escorregando aos poucos. Entretanto, na água ele cumpre perfeitamente sua função, já que o bebê fica mais leve e os furinhos permitem a saída da água. Simplesmente amei!!! (não é à toa que o modelo é específico para piscina/mar, né?)


                        Em dia de mar sem onda, olha que delícia! Maria Julia curtindo seu primeiro banho de mar!


                                                                 Argola de plástico e tecido todo furadinho.





Eu vejo realmente um mundo de possibilidades no sling. Em nossa vida diária, além dos benefícios para o desenvolvimento da Maria Julia (segundo estudos científicos, só dar uma googlada no assunto!), muitas facilidades foram decorrentes do babywearing.

  1. Ganhei meus braços de volta! Gentchy, segurar bebê em um braço e sacola, bolsa e afins no outro é um malabarismo! Sem contar que algumas atividades em casa podem ser realizadas com o bebê slingado, como lavar uma loucinha, guardar uma roupa, etc. NUNCA cozinhar!)
  2. O carrinho de bebê tornou-se totalmente desnecessário em passeios mais curtos (ida ao médico, mercado, farmácia, lojas, etc), mas ficava no carro de retaguarda em eventos mais prolongados, no caso de precisar dormir e não ter aonde aconchegar (só uma mãe sabe o valor de não precisar pilotar um carrinho por calçadas esburacadas ou ficar naquele "tira e põe" do porta-malas do carro)
  3. Sair de casa se tornou um evento mais tranquilo e rápido, devido a agilidade que o sling proporciona no transporte da Maria Julia.

Exitem outros tipos de carregadores de bebês, como o Pouch Sling, Mei Tai ou o próprio canguru. O Pouch é um tecido dobrado que cria uma espécie de bolsa para o bebê, geralmente é fabricado sob medida para o corpo que irá usá-lo, mas existe modelos com regulação por velcro. O Mei Tai é uma especie de cadeira de tecido amarrado ao corpo do adulto por quatro faixas. Para quem prefere os tradicionais Cangurus (carregadores mais conhecidos), o ideal procurar por modelos que imitam cadeirinhas, ou seja, o bebê fica sentado e com as pernas saindo pela lateral. Os modelos onde as peninhas ficam penduradas para baixo não são recomendados.



Que fofura a Teka com a Bianca no pouch sling! Ela já avisou que vai receber lindos modelos para venda.


Por fim, usar sling é ainda uma diversão, pois vivenciamos as mais diversas reações das pessoas na rua,  que vão desde "ai que coisa linda, toda embrulhadinha!", "que legal, onde compro isso?" até "tadinha, não machuca?", "ai que dó, está apertada aí dentro". No início, frente a reações negativas (mais agressivas, estilo "credo, tá machucando a menina!"), eu costumava explicar, falava dos benefícios e blá, blá... mas às vezes fico impaciente (dependendo da magnitude da asneira hehehe). Dias atrás, depois de ouvir uma dessas pérolas, devolvi: "Ela está chorando? (Não) Então não deve estar doendo, porque ela é pequena e não burra, se doer chora" (plaft! hahaha


Você encontra vídeos ensinando a usar o sling Aqui. (os slings SunKepina são lindos!)

Se você é mamãe de gêmeos clique Aqui (especialmente para minha amiga Raquel).

No youtube ainda encontra vários vídeos explicativos sobre os diferentes modelos disponíveis.

É isso! Bora slingar, gentem! :D

UPDATE: esqueci de ressaltar que canguru não é sling, são carregadores estruturados. Neles o corpo do bebê não fica em contato direto com o corpo da mãe (ou quem carrega).

Esse vídeo sobre como utilizar o sling de argola é excelente (me ajudou muito!):
 http://www.youtube.com/watch?v=-E2TErmSrPY&list=PL1B0EBA07187718F3

4 comentários:

  1. Talita20 de maio de 2013 05:09
    Marcela, você esqueceu de falar sobre o calor! Como fica usar o sling nesses dias tão quentes em lugares que não tem AC?

    Estou amando seus posts, sua pequena é muito linda!!

    Beijos

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    1. Olá, Talita!
      Fico bem feliz em saber que está gostando, me incentiva a escrever mais e mais! Sobre o calor, minha filha nasceu no final de dezembro, baita calorzão! Então eu procurava deixá-la com roupinha mais fresquinha dentro do sling, até mesmo só de fraldinha algumas vezes. Mas nunca percebi ela suandooooo demais, a verdade é que se o calor for "brabo" eles suam no colo, no bebê conforto ou onde estiverem! hehehe. Mas o tecido com que ele é confeccionado também faz diferença, já ouvi dizer que o tecido 100% algodão permite melhor transpiração. Acho que vale a mamãe ficar observando também, se achar que a criança está transpirando demais, não slinga naquele dia! Conforme fui pegando o jeito, percebi que dava para deixar o bracinho para fora, e isso só melhora conforme o bebê cresce e fica mais "firmezinho", porque daí a gente já consegue deixar bracinhos para fora e até parte das costinhas (nas fotos do post dá para perceber isso). Acho que o mais importante é cada mamãe aprender a colocar bem direitinho e cuidar muito para não cobrir o rostinho ou mesmo bloquear a passagem do ar de alguma forma!
      Bom, é isso, Espero ter ajudado!
      Beijo grande!

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  2. O meu problema foi justamente esse.
    O Isac é muuuuito calorento, desde sempre.
    Tenho o canguru, mas usei pouquissimas vezes tb.
    Tenho outro, tipo slig, que comprei no Peru, especialmente pra isso. Usei uma vez só. Tava meio fresquinho, mas ainda assim o "bichinho" tava assando lá dentro.
    Queria muito usar. Quem sabe na pr[oxima cria,né?!

    Peguei pra ler os posts hj... Tô gostando bastante!!
    Beijos, Má!!

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    1. Obrigada por acompanhar o blog, Lê! Que bom que está gostando. Estou adorando seus comentários. Quanto ao sling, não espere a próxima cria não! Não desperdice seu sling peruano chique de doer! Comece a usar com ele agora, acho que você vai gostar muito, porque vai dar uma baita alívio para os braços durante os passeios. Sem contar que agora que ele está grandão, não precisa ficar tão embrulhado lá dentro, então sentirá menos calor. Ah, e esse friozinho também ajuda, né? ;)
      Beijooooooo :*

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